[ultimate_heading main_heading=”Quais são os caminhos que eu posso escolher na vida?” spacer=”line_with_icon” spacer_position=”bottom” line_height=”1″ icon=”Defaults-double-angle-down” icon_size=”32″]

Se você pode ver um caminho na sua frente, passo a passo, saiba que não é seu caminho. O seu próprio caminho você faz com cada passo que dá. É por isso que é o seu caminho.

~ Joseph Campbell

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Quando eu soube isto que vou lhe contar agora, muita coisa se transformou em mim, dentre as mais evidentes estão os meus pensamentos, meu estado de ser e as minhas atitudes diante da vida.

As nossas memórias mais fáceis de serem acessadas são aquelas após o nosso primeiro setênio (período de sete anos) de vida, não sou neurocientista, mas os mesmos afirmam que isso se dá porque é nesta época em que nosso consciente começa a ser formado. Antes disso temos apenas um inconsciente puro e aberto, não que isso implique que você tenha perdido as memórias antes desta idade, mas que apenas são mais difíceis de serem acessadas.

Bem, eu falei isso porque minhas memórias sobre quais caminhos estavam disponíveis para eu viver, são desta época em diante. Claro que na minha infância e adolescência eu não tinha este conceito tão conscientemente e formatado desta maneira como vou descrever para você nos próximos parágrafos. Mas hoje ao trazer estas memórias à tona, fica claro para mim de que maneira eu via o mundo e a minha vida naquela época.

Vou descrever então para você o que eu enxerguei da infância até aproximadamente meus 30 anos de idade e que se resume em dois caminhos possíveis para a vida se desenrolar.

O Caminho da Vítima

“Eu não vejo o copo meio vazio. Eu vejo o copo meio cheio – De veneno.” ~ Woody Allen

Não acredito que alguém escolha o caminho da vítima por decisão consciente de ser uma vítima. Mas muitas vezes é a percepção de falta de escolha que nos leva a experimentar a vida como algo que nos acontece sem o nosso consentimento, e que nos coloca em circunstâncias hora favoráveis, hora degradantes e penosas.

Isto não quer dizer que o caminho da vítima não contemple ações e muitas tentativas de corrigir alguns erros, mas sem um propósito, significado ou direção.

E talvez encontremos alguns momentos de felicidade e amor, que quando chegamos ao final da vida talvez pensemos que a vida não foi tão ruim como temíamos.

Mas talvez cheguemos a um momento da vida em que questionemos qual o nosso propósito de viver desta forma?

O Caminho do Herói

“Eu encontrei o caminho ou construirei um!” ~ Hannibal (considerado um dos grandes comandantes militares da história)

Outras frases recorrentes que delineiam o caminho do herói são as seguintes: “Se é para ser, EU farei acontecer”, “Sem dor não há ganhos” (No Pain, No Gain), “O meu sucesso depende só de mim”, entre muitas outras afirmações que são fáceis de se reconhecer pelo empoderamento do ego principalmente na cultura ocidental.

Aparentemente o caminho do herói é a solução óbvia para o, muitas vezes frustrante e sem propósito, caminho da vítima. Isso é muito reafirmado em nossa cultura através da criação dos “heróis da vida real”, exemplos de sucesso e suas biografias. Através do marketing que nos faz acreditar que nossa felicidade está na obtenção deste ou daquele produto. Logo você vai se auto impondo metas e objetivos cada vez maiores. Conforme o tempo passa essa atitude até parece valer a pena.

Lutar pelo seu sucesso a qualquer custo, muitas vezes sacrificando sua saúde, seu tempo e seus relacionamentos.

É um caminho que sem dúvidas realmente gera muitos resultados e muitos casos de sucesso. Porém muitos chegam a um ponto da vida e percebem que estão exaustos de tanto lutar.

Diante do que eu aprendi e pude observar em meus pais, minha família, amigos e exemplos da história humana, estes eram os dois caminhos possíveis que eu vislumbrava. Eu experimentei e vaguei por estes dois caminhos, embora estivesse em minha mente uma determinação de sempre me colocar no caminho do herói.

E claro, posso não ter me tornado um ícone de sucesso entre os seres humanos, mas atingi muitos de meus objetivos e metas, neste meio tempo conheci a mulher da minha vida, construí com ela uma família harmoniosa e de amor. Sempre me destaquei no emprego e tinha meus reconhecimentos por isso. Fiz bons amigos na jornada. E me coloquei na direção do desenvolvimento que me trouxe até aqui hoje.

Porém ao longo do processo da minha própria busca por desenvolvimento pessoal e quando comecei a observar os meus mentores durante esta jornada, pude observar que eles não seguiam nenhum destes dois caminhos. Ficou cada vez mais claro então o que viria a se tornar a minha terceira opção de caminho para a vida.

O Caminho do Iluminado

“Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é que nós somos poderosos além conta. É a nossa luz, não nossa escuridão que mais nos assusta.

Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso? Na verdade, quem é você para não o ser?

Você é um filho de Deus. Fazer papel pequeno não contribui para o mundo. Não há nada de iluminado em se diminuir para que outras pessoas não se sintam inseguras ao seu redor.

Somos todos feitos para brilhar, como as crianças. Nascemos para manifestar a essência divina que está dentro de nós. Não apenas em alguns de nós; está em todos nós.

Conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença automaticamente liberta os outros.” ~ Marianne Williamson

Percebi que as pessoas com as quais estava convivendo, meus mentores, Coaches e treinadores seguiam suas sabedorias interiores, ao invés de metas e objetivos. Mas nem por isso deixavam de obter resultados e sucessos neste mundo material. E pelo que eu podia observar estes resultados eram conseguidos sem um “esforço” de criação. A força criativa vinha de uma sabedoria.

Comecei a observar esta característica em pessoas como Gandhi, Nelson Mandela, Michael Dell, Mark Zuckerberg, Steve Jobs … Aliás este último em seu famoso discurso para formandos da Universidade de Stanford (https://www.youtube.com/watch?v=aDLj9s_GF3A) descreve exatamente este caminho que estou apresentando aqui. Vale a pena assistir!

Resumindo estas pessoas permitem que suas vidas se desenrolem através desta conexão com uma sabedoria interior, uma essência. E este é o desenrolar natural do potencial humano até o momento onde a mente e o ego se inserem e passam a dominar o caminho.

Foi então que eu comecei a dar mais atenção ao que sempre esteve aqui dentro em todos os momentos desenhando os meus próximos passos e que por vezes eu entendia e seguia, e outras vezes nem percebia sua presença.

Ainda sigo assim, caminhando por entre estes caminhos possíveis, mas cada vez mais eu confio no caminho que expressa a minha essência, e que invariavelmente é alinhado ao amor e bondade do projeto.

Com todo o meu amor,

Flavio Endo